quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A tímida arara-azul




Passam-se os anos, passam-se os meses...os dias ...as horas e com eles vai embora o presente que, sem sombras de dúvidas, devemos, com muito prazer, aproveitar com amigos queridos, parentes amados, estudos apaixonantes, trabalho significativo, lazer...observações interessantes e tantas  coisas mais que se fizermos uma lista iriam folhas e folhas para anotar. Haja espaço! Alguns fatos podemos admirar...nos encantar ...registrar para lembrar mais tarde com carinho  e nitidez significativa. É a vida! É o dia- a- dia! E com esses dias arrastados para o passado, foi que encontrei entre tantas passagens, amigos, paisagens, animais.. ah! a arara azul! Encantadora! Estava ali espiando, meio tímida, desconfiada em um oco de uma árvore barriguda. Parecia saber que não íamos maltratá-la e assim foi se mostrando, aos poucos, e finalmente por inteira.  Rara beleza...plumagem colorida e brilhante destacando-se entre as exuberantes árvores do Pantanal  de Mato Grosso.

A Arara-azul é também chamada arara-jacinto, araraúna, arara-preta e araruna. O nome arara é oriundo do tupi a’rara e arara-jascinto de jascinto que é uma flor azul escura. Araraúna vem de una que em tupi é escura.De nome científico Anodorhynchus hyacinthinus :Descrita por Latham em 1790. A etimologia da palavra anodorhynchus refere-se ao bico sem dentes, de maxila sem entalhe e o nome hyacinthinus é dado pela cor, predominante azul.
É uma ave com plumagem azul cobalto, degradê da cabeça para a cauda sendo preta a parte inferior das penas das azas e cauda,com uma pele nua amarela em torno dos olhos e uma fita da mesma cor na base da mandíbula. O bico é desmesurado, parecendo ser maior que o crânio. É preto, maciço e curvo. A alimentação,quando vivem livremente, consiste principalmente de sementes de palmeiras ( coquinhos). Esses cocos são especialmente do licuri e bocaiúva. Contudo aceitam também outras sementes, frutas, larvas de insetos e castanhas. Para construírem os ninhos as araras aumentam cavidades encontradas em troncos de árvores, paredões rochosos, capões ou pasto. Forram o ninho com lascas que arrancam de árvores. Colocam dois ou três ovos por ano e a incubação é de aproximadamente 35 dias. Depois que nascem, muito frágeis, os filhotes são alimentados pelos pais e ficam cerca de três meses e meio, ou mais, no ninho até o primeiro vôo. Tornam-se maduras para a reprodução após três anos e a época da reprodutiva ocorre entre novembro a janeiro. Os casais são fiéis e dividem as tarefas de cuidar dos filhotes. Nos finais de tarde se reúnem em bandos em árvores “dormitório”. Gostam de voar em pares ou em grupos e gritam muito. É uma ave em extinção.


Classificação científica:

Reino:     Animalia
Filo:        Chordata
Classe:   Aves
Ordem:   Psittaciformes
Família:  Psittacidae
Espécie:  A. hyacinthinus
Nome binominal: Anodorhynchus hyacinthinus

Fontes