quarta-feira, 26 de maio de 2010

OURIÇO









Barulho! Noite escura! O que será? Lá vou eu olhar...dando “de cara” com uma bola cheia de pontas, no local onde coloco alimento aos passarinhos.Para identificar melhor fui chegando cada vez mais perto. Estranho, a bola começou aumentar rapidamente o tamanho e se mexeu. Apesar de pouca luz, dava perfeitamente para ver que era algo vivo, calmo e meigo assim como feio por ser espinhento. Encurtando minha história: era um Ouriço. É claro, quem identificou foi o Selvino. Aos poucos o bichinho voltou a forma normal e ainda esperou ser fotografado. Desse dia em diante, ele volta todas as noites.Falo com ele para ver se consigo domesticá-lo. Após isso, corri para a pesquisa, querendo saber o que comem....quais são seu hábitos...enfim,queria saber tudo sobre esse novo visitante.
Os ouriços são mamíferos pertencentes à família Erinaceidae.
Possuem o dorso coberto por espinhos curtos e lisos, e as partes inferiores por pelos.
Há no mundo 16 espécies de ouriços divididas em cinco gêneros.Possuem hábitos noturnos e alimentam-se de insetos, moluscos e vegetais. Eles tem entre 20 a 25 cm em adulto e vive em média entre 4 a 6 anos, podendo nos casos mais raros chegar aos 10 anos. Após o nascimento deve-se esperar seis a sete semanas para levar para casa. O Ouriço demora cerca de 2 semanas a adaptar-se à nova casa. Os animais mais velhos adaptam-se bem a novos donos desde que tenham sido bem tratados. Por volta dos 10 meses, os ouriços tornam-se adultos, pesando em média meio quilo.
Os seus predadores principais são as corujas e os furões. Possui mimetismo e quando ameaçado ou atacado enrola-se formando uma bola, ficando apenas a pequena face descoberta de espinhos,desanimando assim os inimigos predadores.
São animais importantes no controle de pragas tendo em vista que são capazes de comer insetos e outros pequenos animais correspondentes ,em quantidade, ao seu peso.
Uma diferença importante entre o ouriço e o porco espinho é que os espinhos do ouriço, ao contrário dos do porco-espinho, não se soltam naturalmente, nem são venenosos. Começou a ser criado em cativeiro por volta de 1980 no Reino Unido. O Ouriço Pigmeu Africano, Atelerix algirus, é a espécie mais comum em cativeiro. Os criados em cativeiro mantém ainda muito do seu comportamento selvagem por isso devem ser comprados em casas de confiança para que seja possível estabelecer com eles uma relação próxima. Os ouriços capturados são ilegais.
Antes de levar um ouriço para casa é importante ter uma gaiola, que não tenha grades em baixo, ou uma alta caixa plástica transparente . É importante que tenha um esconderijo, roda de exercício, outros brinquedos e recipiente para comida e água. A gaiola deve ser espaçosa. As medidas mínimas são: 60 cm de comprimento, 20 de largura e 30 de altura. Em cativeiro a alimentação deve ser rica em proteína e pobre em gordura. A comida light de gato, fruta fresca, vegetais, carne cozida e insetos
Estes animais gostam de ambientes mornos, entre os 20 e os 26 ºC. Abaixo dos 15 ºC, os ouriços hibernam, sendo que este hábito está também ligado à falta de alimento. Contudo, para os Ouriços Pigmeus Africanos, este comportamento pode ser letal, morrendo geralmente 72 horas após ter entrado em hibernação devido à falta de comida ou hipotermia. São animais solitários, territoriais e noturnos. Passam a maior parte do dia dormindo, mas se forem incentivados podem alterar os seus hábitos, mantendo sessões regulares de brincadeira durante o dia. Gostam de ter uma gaiola só para eles ou partilhá-la com um ouriço do sexo oposto. Não toleram, contudo, a companhia de ouriços do mesmo sexo.
Classificação Científica:
Reino.........................Animalia
Filo............................Chordata
Classe........................Mammalia
Superordem................Laurasiatheria
Ordem........................Erinaceiomorpha
Família........................Erinaceidae
(G.Fischer – 1814)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

IRRIGAÇÃO & VIDA







Irrigação é um método que fornece água ao solo para suprir as necessidades hídricas das plantas. A história da irrigação começou no Egito aproximadamente 5.000 anos atrás. O Faraó Ramsés III propiciou a construção de diques, represas e canais,para melhorar o aproveitamento das águas do Rio Nilo .Hoje a irrigação é tida como sinônimo de eficiência e segurança .O Brasil possui uma das maiores reservas de água doce do mundo. Esta constatação nos deixa acomodados. Geralmente não pensamos na possibilidade de períodos de estio quando fazemos uma plantação em um jardim , pomar, horta e lavoura. Assim, nos brasileiros, na maioria das vezes, não usamos técnicas de irrigação podendo assim ocasionar “dor de cabeça” por prejuízos em relação aos objetivos propostos na hora do plantio.
Práticas que conduzam a um manejo de irrigação eficiente, no qual haja redução das perdas, seria uma preocupação e um gasto a menos tendo em vista os benefícios que surgirão.
Há poucos dias observei o sistema de irrigação por gotejamento usado em Israel. Esse sistema possibilita economizar água e garantir ao solo umidade necessária para produção.
O sistema de gotejamento enterrado é exemplo de economia de água, redução de custos e aumento da produção, além de possibilitar menor impacto ambiental no solo

sexta-feira, 14 de maio de 2010

MAGESTOSA OLIVEIRA





Tenho no pomar uma jovem oliveira com um tempo de vida ainda pequeno, somente doze anos. Hoje observando as árvores, cheguei bem próximo a ela. Parei e meus olhos se voltaram para contemplá-la. Admirando-a vi seus galhos à espera de um ninho, seu tronco pedindo um abraço e seus ramos aguardando a floração para o surgimento de futuros frutos. Patética, ali parada, ainda pensei poeticamente em sua sombra, que por ventura um dia poderá servir de aconchego nos dias quentes em que o sol brilha forte. O que mais...ah, se a chuva vier, ela também poderá ser um bom abrigo. Fico me perguntando: por que somente agora estou agindo assim, com pensamentos até poéticos, em relação a minha oliveira? É que, há poucos dias, fiz um magnífico registro de uma oliveira em um local muito especial: em Israel, no Monte das Oliveiras. Com cuidado, procurei um bom ângulo para que a foto ficasse com enquadramento perfeito e que mostrasse também a preciosidade dos pormenores. Do tronco, espesso e retorcido, surgiam ramificações com lindas folhas prateadas. Registrar uma oliveira com mais de dois mil anos não é fantástico? É preciso ir à Terra Santa para dar valor a uma oliveira? Não, mas as de lá são realmente encantadoras, pelo diâmetro e pela idade – mais de dois mil anos de vida. Com isso, minha mente entrou em ação surgindo enúmeras e curiosas perguntas. Então, o jeito foi ler para abrandar um pouco minha curiosidade e entender melhor a utilidade de seus frutos, tronco, ramos e folhas.
Como quando estive em Israel a Bíblia foi aberta muitas vezes, também repeti esse gesto para ver em quais circunstâncias apareciam as oliveiras. Santíssima! São incontáveis as vezes que encontre, em várias passagens, essa palavra. Entre elas, em um contexto, a que mais gostei: Gênesis 8:11 - E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.
Cientificamente é chamada Olea europaea

As oliveiras datam da Era terciária e se situavam na Ásia menor, provavelmente na Síria ou Palestina, região onde foram descobertos vestígios datados da Idade do Bronze. Em toda bacia do Mediterrâneo foram encontradas folhas fossilizadas.
O mais antigo registro de plantio no Brasil foi em 1800, trazidas pelos açorianos. O Brasil é o sétimo maior importador mundial de azeite de oliva e o segundo de azeitonas.
A árvore é de crescimento lento e pode atingir 20 metros de altura. Os cultivadores costumam podar para facilitar a colheita.As raízes são longas e podem chegar até seis metros de profundidade.Possuem folhas perene. As flores são brancas ou amarelas e hermafroditas, mas podem no entanto ser funcionalmente monossexuadas. A flor compõe-se de 4 sépalas e 3 pétalas crescidas.Na inflorescência surgem de dez a quarenta lores. A partir da flor forma-se, após a polinização, o fruto chamado de azeitona de onde é retirado o azeite com a composição média de uma azeitona é água (50%), azeite (22%), açúcar (19%), celulose (5,8%) e proteínas (1,6%). O azeite que é empregado como alimento, combustível, e ungüento. Como alimento o uso de azeite de oliva reduz o colesterol e ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares. Isso é devido, segundo pesquisas, ao seu alto teor de ácidos monoinsaturados. É rica em vitamina E. Previne a arteriosclerose e acelera as funções metabólicas.
De seu tronco, raízes e folhas, se trabalhados, surgem belas obras de arte criadas por artesões. Também são usadas para pisos, aberturas, forros e outros acabamentos em construções de casas.
Classificação Científica:
Reino: Plantae
Classe: Magnoliophyta
Ordem: Lamiales
Família: Oleaceae
Gênero: Olea Espécie: O.Europeae

sábado, 1 de maio de 2010

TUMBAS DORMINDO



O sol era escaldante... o vento muito frio...Fiz muito, mas muito mesmo, esforço físico em uma longa caminhada.Foi em abril de 2010. Muitos monumentos escavados na rocha. Ia esquecendo de dizer, foi em Petra que estive. Petra, sim andei em Petra! Quero voltar, quem sabe um dia, para percorrer vagarosamente e observar melhor todos os detalhes e poder entender tudo o que aquele complexo arquitetônico, cheio de magia significava para as pessoas há 300 anos AC. A cada dia, devido ao intemperismo, vai morrendo..morrendo e fica ainda mais VIVA, cheia beleza e histórias. Por ser grandiosa, fascinante, enfim uma das maravilhas do mundo, é muito difícil descrever.Mas vou rasgando o tempo e colocando os sentidos em ação para dizer: meus olhos ficaram fascinados pelo colorido em tons rosado até o laranjado.Em alguns pontos, todas as cores podiam ser vistas nas rochas devido à diversidade de minerais nelas existentes. E os detalhes dos pormenores esculpidos, cada um, com um significado diferente, marcando dias, semanas, meses, anos e até luas. Ao deslisar as mãos, senti a delicadeza, parecia cetim ou fino veludo. A” voz do silêncio”fez com que subisse arrepios dos pés a cabeça e com isso centenas de interrogações. Andamos pelo desfinadeiro por três horas entre rochas esculpidas, a multidão de pessoas , carruagens, burros, dromedários e para ornamentar mais ainda, algumas aves. Observei que deram valor fantástico para a Câmara do tesouro. Sim, é realmente belíssimo.Mas encontrei grandiosidade e utilidade em pequenos canais que esculpiram na rocha, em todo percurso, para levar água aos que ali viviam, os antigos nabateus.