sexta-feira, 25 de maio de 2012

Minhas fantasias e a melissa cheirosa






 Quando estou livre de ocupações tenho o costume de fechar as pálpebras e ficar sonhando, pensando de maneira vaga,  enxergando a natureza...me deliciando com o belo. Essa semana, ao andar pelo quintal, tentei o prazer de olhar mais longe ...muito longe, então fechei os olhos. Eu não estava fugindo de nada, só queria ver maravilhas...encantos prazerosos. Relaxei a face, respirei  fundo ...escutei o silêncio que me fascina, o delicioso toque do vento no meu corpo e fui indo cada minuto mais longe...muito longe,  até conseguir  me infiltrar em um belo banquete de muitas ervas  com distintos aromas. Ali fiquei refugiada me deleitando, sem pensar no tempo, sentindo a fragrância de cada uma.  A que mais chamou atenção foi o gostoso cheiro da melissa. Foi sublime! Encantador!Muita endorfina liberada. Foi difícil sair daquele paraíso, contudo, com muito esforço, ufa! Consegui! Então, de olhos bem abertos fui dar uma olhada, para ver na realidade, como estavam as minhas ervas  de cheiro: sálvia,  alecrim, cidrozinho, alfazema,  manjericão,anis, funcho, hortelã e entre outras a melissa. Fiquei contente em ver principalmente a melissa tão vigorosa. Então pensei... linda  para uma foto...ótima para um chá. Mas realmente o que sei sobre ela? Quase nada. Então...pesquisar. 
É uma planta, originária do Oriente e que se adaptou muito bem na América e Europa. Popularmente chamada de melissa, erva-cidreira verdadeira, melissa romana cidrilha,metilteia ou chá da França. Pode atingir de 20 a 80 cm de altura. Tem caule, ramificado a partir da base e formam touceiras. As folhas são de um verde intenso na parte superior e verde-claro na parte inferior.Toda a planta emana um odor semelhante ao do limão, tornando-se mais intenso depois que a planta seca.  Floresce no final do Verão. As flores  são pequenas, de cor branca amarelada e após alguns dias ficam rosa. Os frutos  são aquênios oblongos, lisos e de cor parda a melissa officinalis é largamente confundida com a popularmente chamada erva cidreira(Lippia alba)  que possui flores lilases e amareladas em logos galhos quebradiços, mas que não possui as mesmas propriedades medicinais que a Melissa officinalis. Multiplica-se por meio de sementes, divisão de touceiras e estaquia.Dela podem fazer o álcool de melissa composto, materiais aromáticos,água de melissa,óleos e comprimidos.Atraem especialmente as abelhas. E dizem que na primavera quando nascem muitas rainhas na colmeia o enxame se divide e cada novo enxame vai em busca de uma nova colmeia. Povos antigos sabendo disso, esparramavam folhas secas de melissa nas colmeias vazias. Tem uma lenda que diz que a planta melissa recebeu esse nome em homenagem à ninfa grega Melona que vem do grego "Mellona", protetora das abelhas outros ainda dizem  que o gênero botânico Melissa provém do grego e significa "abelha".
Uso interno com chá e comprimidos - uso externo com pomadas para herpes labial. Usada também em banhos: faça uma infusão com folhas e flores de melissa em um litro de água e despeje numa banheira ou deixe a infusão amornar e use-a no final do banho de chuveiro. Além de calmante, você terá um delicioso banho perfumado! 













sexta-feira, 11 de maio de 2012

A orquídea denfhal e a birita





Fomos fazer compras - o rancho - em um super mercado. Embora tivéssemos uma lista daquilo que estava em falta, esquecemos de comprar leite em pó e cachaça (água que passarinho não bebe, birita, marvada, pinga). Imagina só não termos em casa a bebida símbolo do país, genuína e exclusivamente brasileira, aquela  que recebeu até dia nacional- 13 de setembro . Ganhou o status de gourmet! Pois é...não é que é...como diz uma vizinha nossa. Mais umas quadras e chegamos em outro mercado para suprir as faltas. Enquanto peguei o leite e a cachaça o Bello ficou olhando as orquídeas. Disse ele: veja que esplêndida! Ainda não temos igual a essa. Que tal levarmos? Minha reação foi imediata...gostaria de tê-la em casa. Ao mesmo tempo pensei: estamos fazendo economia para conhecer novos lugares...viajar...para realizar um velho sonho.a Rússia. Foi irresistível a tentação.”Marvada pinga”! Mesmo sem beber tonteou nós dois. Como diz o gaúcho: Bah tche! Terminamos fazendo mais compras. Adquirimos! Está ela bela e maravilhosa agora está ornamentando nosso lar. Uma Denfhal vinho escuro. Poderia ser vermelha, branca, lilás, roxa, amarela,  azul, matizada ou até negra... elas são sempre belas, algumas  exóticas outras não possuem uma fragrância suave e definida em suas flores. Mas...só curtir não basta, merece ser comentada...estudada...mostrada...conhecida.
As flores da orquídea Denphal são duráveis, chegando permanecer florida por até três meses. São facilmente adaptáveis ao nosso clima. Podemos encontrar Denphal com flores praticamente durante o ano todo. É possível montar uma coleção de Denphal que contenha plantas de flores verdes, amarelas, brancas, azuladas, marrons, matizadas, estriadas, ou com labelo contrastando com as pétalas e sépalas, e muitas outras variações. Denphal, Denphale, Dendrobium phalaenopsis,qual o nome correto destas plantas? Não se trata de um híbrido entre Dendrobium e Phalaenopsis, dois gêneros que por sua distancia jamais poderiam se cruzar. Existe uma espécie de Dendrobium que pelo formato de suas flores que lembram bastante as flores de um Phalaenopsis, recebeu o nome de Dendrobium phalaenopsis. Este Dendrobium cruzado com outros Dendrobiuns próximos a ele, produziu  híbridos que mantiveram a semelhança com Phalaenopsis, e passaram a ser chamado de Denphal ou Denphale. Eexistem hoje híbridos chamados de Denphal que não possuem entre seus ancestrais o Dendrobium phalaenopsis, mas apenas outras espécies próximas deste, tais como Dendrobium bigibbum, Dendrobium undulatum, Dendrobium stratiotes, Dendrobium tokai, entre outros. Na maior parte do mundo, os Denphal são conhecidos apenas como Dendrobium. Como no Brasil os híbridos de Dendrobium do grupo do Dendrobium nobile são muito difundidos e cultivados, coube a eles “adotar” o nome do gênero, restando, portanto ao outro grupo menos difundido entre nós, o do Dendrobium phalaenopsis receber o nome Denphal, nome este “inventado” não se sabe por quem. Existem os Denphal conhecidos como compactos, cujo porte da planta raramente ultrapassa trinta centímetros e plantas que passam fácil de um metro e até um metro e meio de altura, sem contar a haste floral. O tamanho das flores também é variado, indo de 3 até 10cm, dependendo das plantas que entrarem em seu cruzamento. São em geral muito floríferos, e podem exibir simultaneamente cinco ou mais hastes florais saindo todas de um único pseudobulbo, apresentando cada uma de duas até mais de 20 flores. Além disso, é muito comum que um pseudobulbo que já tenha florido volte a florir no ano seguinte e mesmo por mais anos. O cultivo de um modo geral é fácil. São plantas precoces, que começam a florescer dois anos após serem retiradas do laboratório, e que apresentam um crescimento bastante rápido. São plantas que se adaptam a qualquer substrato, e por terem um crescimento bastante rápido requerem uma boa adubação principalmente quando os novos pseudobulbos estão se formando, período em que não deve faltar água para que a planta tenha pleno desenvolvimento. Aceitam igualmente adubação química e orgânica. Quando os novos pseudobulbos estiverem completamente formados, reduza as regras e evite aplicação de adubos muito nitrogenados, de modo a evitar que “gemas” que iriam florir venham a gerar novos brotos em lugar de flores. Preferem ambientes mais quentes e de alta luminosidade. È normal que os pseudobulbos que já tenham florido uma vez percam todas as folhas. Mesmo assim, não devem ser removidos,  pois podem voltar a florir, e além disso representam uma reserva de nutrientes que a planta pode utilizar em períodos de escassez. Devemos ter o cuidado de deixar sempre em cada nova planta pelo menos três pseudobulbos. Para a obtenção de novas mudas podemos replantar brotos que venham a nascer de gemas existentes no meio dos pseudobulbos. Podemos também dividir uma planta em touceiras. Devemos ter o cuidado de estaquear os novos brotos mesmo enquanto ainda estão em crescimento, principalmente dos Denphal de pseudobulbos mais longos, pois estes possuem uma tendência de entortar.
FONTES: