Muitas vezes passamos a nos livrar de papeis, objetos, sobras,
tampinhas, rolhas, cartas, figuras, recortes, receitas e tantas outras
quinquilharias ao revisarmos ou arrumarmos armários, gavetas ou caixas.
Primeiro guardamos com muito carinho e cuidado pensando que talvez um dia
pudéssemos dar utilidade. Com o passar do tempo, coloca-se aquilo como
descarte momentâneo ainda com o pensamento de possibilidade de uso.
Recorrendo aos provérbios, lembrei do que dizia
o meu avô: ” guarda o que não presta, tem o que precisa”. .
Impressionante...as conversas, os locais, os sorrisos , aromas e outros que
guardamos em flash na mente...muitas vezes sugerem uma segunda
chance para que possamos lembrar, para fazer uma conexão de local/época e então
largamos dizendo: será que vale a pena lembrar...ficar remoendo. Então tentamos
esvaziar, tirar da mente, jogar fora. Mas, voltando a ordem nas gavetas e
armários, jamais jogamos fora uma foto que temos como registro de um momento
inevitável. De uma observação única...de um instante exclusivo. E foi assim
remexendo em tralhas que encontrei uma fotografia que me encanta por ter sido
uma oportunidade impar e por fazer lembrar exatamente do momento raro em que tirei. Era no
entardecer e estávamos descansando, tomando mate ( como bons gaúchos) , jogando conversa fora – proseando
sem nenhum compromisso com uma sobrinha e a comadre que fazia as lidas da casa.
Quando menos espero, o marido olha para mim e rapidamente lança o olhar em
outro ponto. Não precisava nem falar, bastava mesmo o olhar. Entendi tudo! Em
silêncio, levantei da cadeira e fui pegar a câmera para ver se ainda dava tempo
de tirar uma foto. Lentamente fui me aproximando e para espanto meu, ele ficou
ali...posando para a foto e a turma se divertindo por eu ter tanto cuidado em
não espantá-lo. Mas, espera aí...espantar quem? Há, era um cardeal no terreiro.
A sobrinha passou então a contar que ele era muito familiar, que aparecia ali
todos os dias para se alimentar das sobras do cachorrinho e que por vezes fica
observando as pessoas parecendo querer dizer algo.
Ave exótica que tem como principal característica um topete eriçado e
vermelho que vai até o peito em ambos os sexos. Esse topete pode variar a
coloração devido a mutações, variando em tons alaranjados, cereja e
amarelo-ouro. Os filhotes possuem a
cabeça na cor marrom. As partes
superiores são acinzentadas. Os olhos são marrom escuro e as pernas
negras. A região ventral é
esbranquiçada. O canto melodioso do macho atrai a atenção e varia de acordo com
a região onde é encontrado. Pode variar de duas a cinco notas, sendo o mais
melodioso conhecido por “canto de quatro notas”. Ambos os sexos cantam sonora e
monotonamente entoando cerca de 12 assobios consecutivos fortes e
monossilábicos. É alto e metálico e entoam principalmente na época da reprodução.
Os cardeais vivem em áreas de campos, perto de
arrozais e matas e em áreas urbanas. A presença ocorre, no Brasil, nos estados
de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Hoje a ave
está espalhada por vários países.
A maturidade sexual ocorre com aproximadamente com
10 meses. Antes do acasalamento o macho corteja a fêmea dançando com as penas
da cauda abertas e algo no bico. Preferem construir o ninho em vegetação densa,
entre dois a quatro metros do solo. Em grandes bandos formam territórios na
época da reprodução, assim como a maioria dos pássaros canoros. Põem entre dois a quatro ovos. Tendo 2 a 4
ninhadas por temporada. A incubação leva aproximadamente de 13 a 15 dias. Os
ovos apresentam cor azul esverdeado com manchas pretas. O macho e a fêmea ficam
no ninho em períodos alternados. Após o nascimento são alimentados pelos pais
por mais ou menos 16 a 17 dias. A alimentação é a base de grãos e frutos.
Os cardeais receberam este nome devido à cor das
primeiras espécies encontradas, que eram vermelhas (cardeal da Virgínia),a
mesma cor das vestes usadas pelos religiosos de mesmo nome. É símbolo do Estado
norte-americano de Virgínia e de mais seis Estados, além de ser símbolo de
outros países, como México e Guatemala.
Sinonímia: Cardeal-do-Sul, Cardeal-vermelho,
Cardeal,do-topete-vermelho, Tiéguaçu-Paroará, Tinguaçu-Paroara e
Guira-Tiririca. Em inglês – Red-Crested-Cardinal e em espanhol, Cardenal.
Classificação científica:
Reino:..............Animalia
Filo:.................Chordata
Classe:............Aves
Ordem:............Passeriformes
Subordem:......Passeri
Parvordem: .....Passerida
Família:...........Thraupidae
Gênero:...........Paroaria
Espécie:..........P.coronata
Nome binominal: Paroaria coronata( Miller,1776)
Fontes:http://www.wikiaves.com/cardeal
VERARDI FIALHO, Marco Antonio. In: Avifauna, Editora UFSM, 2013.
Não parece que esteja negaceando a torcida?
ResponderExcluirRealmente muito fotogênico.
ResponderExcluirUma bela foto,muito charmoso.
ResponderExcluirEstuvo bien guardar la foto para mostrarla, el pájaro era guapo.
ResponderExcluirSaludos.
Guarde-a com carinho,é uma linda lembrança de uma tardinha com amigos.
ResponderExcluirLEGAL.
ResponderExcluirÉ verdade lembram os bispos.
ResponderExcluir