sexta-feira, 14 de maio de 2010

MAGESTOSA OLIVEIRA





Tenho no pomar uma jovem oliveira com um tempo de vida ainda pequeno, somente doze anos. Hoje observando as árvores, cheguei bem próximo a ela. Parei e meus olhos se voltaram para contemplá-la. Admirando-a vi seus galhos à espera de um ninho, seu tronco pedindo um abraço e seus ramos aguardando a floração para o surgimento de futuros frutos. Patética, ali parada, ainda pensei poeticamente em sua sombra, que por ventura um dia poderá servir de aconchego nos dias quentes em que o sol brilha forte. O que mais...ah, se a chuva vier, ela também poderá ser um bom abrigo. Fico me perguntando: por que somente agora estou agindo assim, com pensamentos até poéticos, em relação a minha oliveira? É que, há poucos dias, fiz um magnífico registro de uma oliveira em um local muito especial: em Israel, no Monte das Oliveiras. Com cuidado, procurei um bom ângulo para que a foto ficasse com enquadramento perfeito e que mostrasse também a preciosidade dos pormenores. Do tronco, espesso e retorcido, surgiam ramificações com lindas folhas prateadas. Registrar uma oliveira com mais de dois mil anos não é fantástico? É preciso ir à Terra Santa para dar valor a uma oliveira? Não, mas as de lá são realmente encantadoras, pelo diâmetro e pela idade – mais de dois mil anos de vida. Com isso, minha mente entrou em ação surgindo enúmeras e curiosas perguntas. Então, o jeito foi ler para abrandar um pouco minha curiosidade e entender melhor a utilidade de seus frutos, tronco, ramos e folhas.
Como quando estive em Israel a Bíblia foi aberta muitas vezes, também repeti esse gesto para ver em quais circunstâncias apareciam as oliveiras. Santíssima! São incontáveis as vezes que encontre, em várias passagens, essa palavra. Entre elas, em um contexto, a que mais gostei: Gênesis 8:11 - E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.
Cientificamente é chamada Olea europaea

As oliveiras datam da Era terciária e se situavam na Ásia menor, provavelmente na Síria ou Palestina, região onde foram descobertos vestígios datados da Idade do Bronze. Em toda bacia do Mediterrâneo foram encontradas folhas fossilizadas.
O mais antigo registro de plantio no Brasil foi em 1800, trazidas pelos açorianos. O Brasil é o sétimo maior importador mundial de azeite de oliva e o segundo de azeitonas.
A árvore é de crescimento lento e pode atingir 20 metros de altura. Os cultivadores costumam podar para facilitar a colheita.As raízes são longas e podem chegar até seis metros de profundidade.Possuem folhas perene. As flores são brancas ou amarelas e hermafroditas, mas podem no entanto ser funcionalmente monossexuadas. A flor compõe-se de 4 sépalas e 3 pétalas crescidas.Na inflorescência surgem de dez a quarenta lores. A partir da flor forma-se, após a polinização, o fruto chamado de azeitona de onde é retirado o azeite com a composição média de uma azeitona é água (50%), azeite (22%), açúcar (19%), celulose (5,8%) e proteínas (1,6%). O azeite que é empregado como alimento, combustível, e ungüento. Como alimento o uso de azeite de oliva reduz o colesterol e ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares. Isso é devido, segundo pesquisas, ao seu alto teor de ácidos monoinsaturados. É rica em vitamina E. Previne a arteriosclerose e acelera as funções metabólicas.
De seu tronco, raízes e folhas, se trabalhados, surgem belas obras de arte criadas por artesões. Também são usadas para pisos, aberturas, forros e outros acabamentos em construções de casas.
Classificação Científica:
Reino: Plantae
Classe: Magnoliophyta
Ordem: Lamiales
Família: Oleaceae
Gênero: Olea Espécie: O.Europeae

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